segunda-feira, 4 de agosto de 2008

O DIA MAIS FELIZ DE NOSSAS VIDAS (FRAGMENTO)

“esse texto é do gerson. o david conhece. eu conheço. o inaldo já viu o cara. talvez você já tenha ouvido falar dele. se não, taí o que ele pensa”
Gerson Boaventura

Cessar a existência. Desistir. Não por medo, nem por preguiça. Não de ser alguém. Não de ser diferente. Exatamente isso. Não ser.
Ter um emprego + ter uma namorada + ter muitos livros muitos discos muitos vídeos + ter uma família no domingo + o efeito do tempo = nada.
Projetando a vida do momento do nascimento, passando pela infância, adolescência, o momento atual, a vida adulta, a “idade da razão” e todo o resto que vem depois, é fácil perceber o acúmulo obsessivo e contínuo de expectativas e ansiedades, frustrações e ilusões, com raros momentos de lucidez e alguma senilidade para anestesiar os últimos dias, até acabar em: morte. Ou seja, nada.

[gerson boaventura]

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